Na primeira parte falamos sobre a Cachara, as Carpas Cabeçuda, Capim e Húngara, o Cat-Fish, o Dourado, a Matrinxã, o Pacu, o Piau, o Pintado, a Pirarara, o Pirarucu, o Tambaqui, a Tilápi do Nilo e a Traíra.
Agora você saberá um pouco mais sobre:
BAGRE AFRICANO (Clarias gariepinus)
Podendo chegar até 1,4 metro de comprimento e quase 60 quilos, o Bagre Africano é um dos peixes mais raros de se fisgar nos pesqueiros durante o dia, quando o peixe é calmo, porém durante a noite o peixe se transforma em um predador voráz.
O par de barbilhões mandibulares para fora são mais longos que os para dentro. A espinha da nadadeira peitoral é serrilhada apenas na sua porção mais externa. Apresenta coloração escura (como preto acinzentado) na porção dorsal e branco-creme na porção ventral. Possui uma marca longitudinal distinta em cada lado da superfície ventral da cabeça. A superfície de cima da cabeça é grosseiramente granulada em adultos da espécie, e em jovens é lisa.
Para pesca-los você precisará de uma vara mais sensível, porém forte, pois ele é manhoso mas muito bruto. Use um líder de fluorcarbono de uns 50 centímetros de 50 libras no mínimo, pois as cerrilhas que ele tem na boca podem ralar a linha. Os anzóis podem ser a partir de 1/0, dependendo do tamanho do peixe procurado. As iscas variam por pesqueiro, podendo ser iscas vivas ou mortas de peixinhos, salsicha, minhoca e até ração ou massas.
CACHAPIRA (Pseudoplatystoma fasciatum)
Podendo chegar aos 40 quilos, esse peixe é uma mistura (híbrido) de Pirarara com Cachara. O peixe herdou o corpo, as listras e a agilidade da Cachara, enquanto ficou com o porte, as listras, a cor, o rabo, a boca e a força bruta da Pirarara. Tem os mesmo hábitos dos peixes de couro e gostam de comer bem na superfície.
Você pode pesca-la de vários jeitos, mas os mais produtivos são na salsicha de fundo ou flutuando, perto ou longe da margem, como o mesmo equipamento das cacharas, varas de médio porte, com linhas de 35 a 50 libras, com o líder de fluorcarbono de 50 libras.
Fora a salsicha, as iscas podem ser, minhoca, ração, peixinho, guelra, queijo, minhocoçu, etc.
(Gabriel com sua Pincachara, no Arujá)
CARPA ESPELHO (cyprinus carpio)
Aúnica mudança entra a carpa espelho e a húngara é que na húngara as escamas são uniformes e a espelho tem escamas de diversos tamanhos, falhadas e espalhadas pelo corpo. Podendo chegar a 60 quilos, elas são manhosas iguais as húngaras.
São pescadas, também, da mesma forma que as húngaras, com varas de 35 libras (15.88 kg), também pode ser pega na vara de mão sem dispensar o salva-varas; As linhas podem ser de 0.15mm á 0.45mm sendo de 15 libras (6.8kg) á 60 libras (27.22kg); Anzóis de tamanhos pequenos á médios pois possui uma pequena boca; O lider de fluorcarbono é recomendável. Se alimenta de insetos, grama, frios, massas, salsicha, etc.
( carpa espelho de 3.200kg pescada por Gabriel no
pesqueiro JM no fundo com massa made in Felipe
Beranek )
CASCUDO (família Loricariidae)
Os cascudos caracterizam-se pelo corpo delgado, revestido de placas ósseas, e pela cabeça grande. A boca localiza-se na face ventral e em algumas espécies é rodeada por barbas.
Chegam até três quilos nos pesqueiros, e são muito difíceis de serem capturados.
Para pesca-los o equipamento deve ser leve, com anzóis pequenos, e iscas com farinha, exemplo: massas.
CURIMBA (Prochilodus lineatus)
Possui boca protáctil quando se projeta forma, juntos com os grandes lábios, um disco oral com seus pequenos e numerosos dentes enfileirados. Podem chegar até 4 quilos.
Para pesca-los, primeiramente você deve ser muito paciente, pois são peixes muito mas muito manhosos, geralmente pegos na vara de mão com o mesmo esquema da pesca de tilápia, mas sem bóia e com salva-varas, as iscas geralmente são massas e milho.
JUNDIÁ-ONÇA ( rhamdia sebae )
Pode atingir até um metro de comprimento e 10 quilos de peso. O que mais chama a atenção na espécie é seu padrão de cores – entre marrom e bege – mas principalmente as formas irregulares das manchas, muito semelhantes às de uma onça pintada. A pigmentação da parte inferior da cabeça é variável. Possui grandes barbilhões que lhe servem como órgão sensitivo, cabeça achatada e maxila superior um pouco mais longa que a inferior.
Seu corpo é revestido de couro, apresentando uma longa nadadeira adiposa. O espinho da nadadeira peitoral é serrilhado em ambos os lados, sendo os olhos de tamanho médio. Esse peixe é onívoro.
Para pescar eles, usa-se o mesmo esquema da cachapira ou cachara. Come salsicha, peixinhos, camarão, etc.
PINCACHARA (Pseudoplatystoma fasciatum)
Híbidro de Pintado com a Cachara, a pincachara herdou as manchas do pintado e as listrar da cachara. Se falarmos de como ele é robusto, podemos afirmar que é a soma do pintado com a cachara.
Cresce igual à cachara, chegando mais ou menos em 60 quilos.
Pesca-los é a parte mais fácil, mas o equipamento deve ser médio, com líder de 60 lbs, usando salsicha ou peixinhos.
(Tatá e Sepp, com uma pincacharinha pega no Rancho da Pesca)
TAMBACU (Colossoma Macropomum + Piaractus Mesopotamicus)
O Tambacu é um peixe híbrido, sendo resultado do cruzamento induzido da fêmea de Tambaqui (Colossoma Macropomum) com o macho de Pacu (Piaractus Mesopotamicus). Possui hábitos alimentares idênticos aos dos seus ancestrais. As características gerais como formato de corpo arredondado, porte e cor acinzentada são mais próximas às do Tambaqui (fêmea) que lhe deu origem. Peixe resistente ao inverno, que possui escamas finas e lisas, membrana das guelras pequenas e chega pesar mais de 40 kg.
Para pesca-lo, deve-se usar equipamento médio/pesado, pois o bicho é bruto.
Varas de, no mínimo 17 libras, linhas de no mínimo 30 libras, anzóis de 2/0 á 8/0.
Geralmente pegos na miçanga o na raçao com pinga, eles também comem,massas, salsichas, pães, peixinhos, etc.
(Tambacu de 24 quilos, por Bera, Rancho da Pesca)
TILÁPIA SAINT PETER (família Cichlidae)
Essa espécie de corpo um pouco alto, comprimido e cor vermelha tem maior aceitação e valorização em certo nichos de mercado, que as tilápias cinzas, justificando assim o cultivo das vermelhas em algumas localidades.
A boca é terminal tem pequenos dentes, quase imperceptíveis. A nadadeira dorsal divide-se em duas partes, uma anterior espinhosa e uma posterior ramosa. A nadadeira caudal é arredondada e apresenta tons avermelhados. A coloração geral do corpo varia do rosa claro (quase branco) a um tom laranja-claro – laranja-forte.
Para pesca-las utilize o equipamento e as técnicas de pesca da tradicional tilápia tailandesa ou do nilo.
Dúvida e sugestões: felipeberanek@hotmail.com