Fisgadas Surpreendentes #4 - MERO + SIRI

Na busca por robalos no canal de água salobra sempre aparecem surpresas.

Em um certo ponto, onde é um pouco mais fundo e tem uma estrutura gigantesca no fundo, costumamos ter boas ações, mas de todo tipo de peixe, inclusive de Meros, peixe que é extremamente ameaçado de extinção. 

Assim como os bagres, são peixes indesejados, mas não podemos escolher as nossas capturas, porém temos o dever de devolve-los o mais rápido possível para a natureza, uma por que é a maior sacanagem matar uma espécie que está em extinção, e outra por que é um crime, e crime inafiançável.

Como um bom adorador de peixes, não posso negar, é uma briga boa, muito boa, e diferenciada pela agressividade das cabeçadas, sendo fácil de ser identificado quando fisgado. 

Dessa vez, pescando no canal de Bertioga - SP, bem próximo da base aérea de Santos, eu estava pindocando meu jumping jig da KGB, quando fisguei um peixe, logo percebi que se tratava de um Mero, e já fiquei preparado para tirar uma foto e soltar, 

porém quando fui retirar o anzol da boca do peixe, levei um susto... havia um siri inteiro dentro de sua boca.

Fiquei impressionado com esse fato, nunca tinha visto algo assim, e detalhe, o siri estava meio vivo ainda, e isso fez com que eu acelerasse o processo de soltura, para não atrapalhar muito a refeição do mero.

Muito importante, sempre solte esta espécie...

Super Troféus #2 - PITANGOLA

A pescaria dessa vez, estava sendo realizada em Itacaré - BA, ainda estava no primeiro dia, e estava bastante produtiva nos peixes pequenos, no monster jig só havia saído um olho-de-boi médio, e já estava quase no fim do dia, então o piloteiro, capitão Del, falou que ia dar uma última andada para tentar um outro ponto. Porém, durante essa troca de ponto, peguei um pequeno atum amarelo de uns 700 gramas, que foi rapidamente iscado e colocado novamente na água para esperar vivo a chegada do ponto de pesca.

Chegando no local, o amigo Gustavo já estava preparado para usar o atunzinho como isca, e assim foi, desceu a linha, 120 metros para baixo, até o chumbo bater no fundo e ficou aguardando. Enquanto isso eu brincava com os vermelhos na pargueira. De repente ele me chamou e falou que tinha batido alguma coisa, em seguida fisgou, e confirmou, era um bitelo na linha. Ele estava com carretilha elétrica, mas mesmo assim teve muito trabalho, quase 20 minutos de briga, até que o bicho boiou... Uma gigante Pitangola, linda, para nossa alegria. 19 quilos de pura emoção. Parabéns Gu!!!!

Equipamento utilizado:

-Vara 5'8 de 200 lbs;

-Carretilha elétrica 3000;

-Linha de multifilamento PE 12;

-Leader de fluorcarbono 160 lbs, aproxim. 6 m;

-Chicote para isca viva, com chumbo de 1 kg e anzol 15/0.

Fisgadas Surpreendentes #2 - TARTARUGA MARINHA

Num belo dia na Ilha da Queimada Grande - SP, a pescaria já estava feita, uns olhetes, uns olhos-de-boi, anchovas, carapaus, resumindo, bastante peixe... Então resolvemos voltar para marina, dando como encerrada a pescaria. 

Porém, no caminho de volta, decidimos dar uma última parada no parcel Dom Pedro, para dar uns pinchos, e eu resolvi continuar no jumping jig. 

Após algumas decidas e alguns carapaus fisgados, algo grande bateu na isca e a fisgada foi certeira, foi uma pancada o bicho tomou uns 30 metros de linha em segundos, até assustei, e as esperanças foram parar no teto!!!! Sim, achei que era um belo olhete, mas a briga foi ficando estranha pois o bicho parou de correr e começou a apenas pesar, e rodar e, de repente consegui enxergar, era algo redondo, e logo veio na cabeça, uma tartaruga! 

Isso mesmo, uma linda tartaruga marinha de bom tamanho, ela não resistiu ao trabalho do jig de cabeça vermelha de 30 gramas, por sorte o anzol não pegou na boca dela, ele simplesmente encaixou no casco, ou seja, qualquer afrouxada de linha ela escaparia.

Demorei um pouco para tirar ela d'água, pois ela estava muito assustada e é um bicho muito forte,mas ela veio para foto, foi muito boa a parte dela não ter sido perfurada pelo anzol.

Após algumas fotos com todos do barco, ela foi devolvida para o mar, e de mansinho foi embora... 

Espero não pegar mais uma tartaruga, pois posso não ter a mesma sorte, e o anzol pode acabar machucando a tartaruga ou até pior...

Equipamento utilizado:

-Vara Snake, 7'0" 12-25lbs;

-Molinete Shimano Sienna 4000 FD;

-Linha YGK G-Soul WX8 PE 2,5;

-Leader Trançado 25lb;

-Isca Jig NS Dunn 30gr, Cabeça vermelha.

Populando Aquários #1 - BAIACU RAJADO

Depois de um tempo de ter conhecido o amigo Daniel, marcamos uma pescaria, onde ele levou também o amigo Paulo, essa marca a primeira de muitas outras pescarias que realizamos juntos.

Neste dia teve de tudo, tudo mesmo, de ferroada de bagre atingindo o ligamento do dedo do Paulo até atolada no barro, o que não teve foi peixe, e olha que rodamos muito, do rio mariana até o rio puca e volta, um belo rolê. E foi indo para o canal de Bertioga, que aconteceu uma inusitada captura, captura essa que até hoje me rende elogios mútuos.

Perto da ponte da Piaçaguera, paramos para bater num ponto que conheço, e realmente pegamos uns pequenos por lá, mas esse baiacu rajado, foi um recorde pessoal, muito pequeno mesmo.

Felizmente o anzol não fez nenhum estrago nele, e ele voltou ligeirinho para a vida, o que não foi fácil foi aguentar os amigos me zoando. Mas tudo muito saudável, um dia é da caça, outro dia é do caçador... ou mais precisamente, do pescador. 

Equipamento Utilizado:

-Vara Daiwa Megaforce 5'3" 8-17lbs

-Carretilha Shimano Curado 201G7

-Linha YGK, G-soul PE 2

-Leader Triumph 30lbs

-Jumping Jig Hiraishi, 24 gr, chumbo

Super Troféus #1 - BIJUPIRÁ

Olá, em novembro de 2014, um amigo comprou um barco, e chamou a galera para estrear numa pescaria na ilha da Queimada Grande - SP.

Partimos cedo, por volta das 06:30 da marina em direção ao famoso ponto de pesca. Chegando la, por volta das 08:15, descemos as linhas e começamos a trabalhar os jig's. Não demorou muito até os peixes aparecerem, até fiz um duble de pequenos olho-de-boi, mas foi tudo ilusão, por volta das 11:00 os peixes sumiram, e o desanimo começou a bater. 

Foram três longas horas sem nenhuma ação, até que nosso amigo Paulo, engatou algo, pesado demais, até pensamos ser enrosco, mas por sorte não era, e o bicho começou a tomar linha, foi uma briga sensacional, ele recolhia 15, 20 metros e o bicho puxava tudo de volta, foram mais de 40 minutos de briga, até pulei na água para filmar mais de perto. Quando consegui ver, nadei muito rápido e subi no barco, pois achei que era um tubarão, por ter barbatanas parecidas, mas após o susto conseguimos identificar o gigante...Um belo Bijupirá, que fez a alegria de todos, mesmo achando que a balança estava marcando menos, pois deu 24 quilos e parecia bem mais, mas foi emocionante, o barco estava estreado e com estilo.

Equipamento utilizado: 

-Jumping Jig de 100 gramas cromado;

-Leader de 80 libras de fluorcarbono, aproximadamente 3 metros;

-Linha de multifilamento 8 fios PE6;

-Vara PE6;

-Molinete 8000.

Fisgadas Surpreendentes #1 - TAMARITACA

Venho relatar uma captura estranha que fiz, foi num sábado pescando robalo no "Navio Afundado", na região do porto de Santos -SP. 

Eu estava trabalhando o camarão soft com cabeça de jig, quando entre as capturas, senti uma batida diferente e um peso apenas, então recolhi e dei de cara com um "louva-deus-do-mar", como o apelidei.

Um bicho muito agressivo, que não foi fisgado por anzol, ele usou suas pata afiadas para penetrar no meu camarão e ficou preso. 

Após fotografar, soltei o bicho que deu varias investidas no ar. 

Equipamento Utilizado:

-Vara Major Craft Go Emotion, 10-16 lbs, 6'3"

-Carretilha Shimano Chronarch Ci4 151

-Linha G-Soul WX8 PE 1,2 (200m)

-Leader YGK Absorber 30 lbs (Aproxim. 1,5m)

-Snap, Jig Head 1/0 10gr (KGB) e camarão soft na cor pérola/ovado 7cm (KGB)

Algumas observações e curiosidades sobre esse crustáceo:

Mantis Shrimp, mais conhecido como lagosta boxeadora ou esquila ou tamarutaca.

Para começar, as Tamarutacas contam com olhos incríveis, que possuem três pontos focais cada e são capazes de enxergar do espectro ultravioleta ao infravermelho. Para se ter uma idéia, nossos olhos possuem três receptores de luz, que nos permitem enxergar as cores que vemos, já a Tamarutaca, possui 16 desses receptores, imagina a explosão termonuclear de cores, luz e beleza que elas enxergam. 

Porém, elas tem um lado bem obscuro...

As Tamarutacas costumam ser encontradas próximo à costa de mares tropicais e subtropicais e são predadoras letais que se alimentam de caranguejos, camarões, moluscos e peixes. Na verdade, apesar de não serem muito grandes — entre 15 e 30 centímetros —, as tamarutacas são um verdadeiro pesadelo dos oceanos, sendo consideradas como um dos animais mais violentos do planeta.

Elas possuem duas patas superpoderosas na parte dianteira que, quando acionadas, são capazes de proferir um golpe com a mesma aceleração de um disparo de uma arma do calibre 22 e força de impacto de 60 kg/cm3! E isso em menos de 1/3.000 de segundo, o que significa que, se um humano pudesse acelerar os braços com 1/10 desse poder, seria possível lançar uma bola de baseball em órbita ao redor da Terra.

Essas patinhas se movem tão depressa que a água próxima a elas chega a ferver — em um fenômeno chamado supercavitação —, além de provocar uma onda de choque capaz de matar a presa mesmo que a lagosta maldita erre o golpe. Assim, com esse movimento ninja, as Tamarutacas assassinam outros animais, despedaçando os coitados, mesmo que contem com carapaças protetoras.

Um dia de pesca em Itacaré - BA

De repente você sente vontade de fazer algo diferente, ir para um lugar onde nunca foi, para conhecer, e começa a pesquisar em sites de companhias aéreas os preços e ofertas para qualquer destino e não encontra nada que te agrade. Mas, sem saber disso, um amigo comenta com você que vai fazer uma vigem de pesca, e te convida, sem compromisso, você acha legal a ideia e agora tem um destino, foca nele e acha uma oferta boa e compra. Pronto sua rota está traçada, que comecem os preparativos.

Não sei vocês, mas acho que essa parte da viagem é a mais empolgante, onde você começa a imaginar tudo e fantasiar o que pode acontecer durante o decorrer do passeio.

(isso não ficou só na imaginação)

Entre malas e tralhas, o que mais demorou foi a confecção dos assist hook, que necessitaram de reforço e capricho acima da média.

E também algumas customizações em alguns dos muitos jumping jigs.

Após semanas de preparo, eis que o grande dia chega, exatamente numa terça-feira (28/04/15), 

fui de carona até o aeroporto de congonhas-SP, onde torci muito para que o peso da bagagem não excedesse a cota estabelecida pela empresa aérea... UFA!!!, por 1 kg, foi por pouco. Após isso foi a vez de passar no raio-X da policia federal, onde me fizeram abrir a bagagem de mão para saber o que era aquilo tudo que apareceu na tela, e simplesmente eram quatro molinetes e duas carretilhas que por pouco não ficaram presas por estar com linha, a sorte foi que eu passei muita fita crepe e eles não acharam que seria uma ameaça para os outros passageiros. 

Pronto, lá estava eu no meu assento na janela, em direção a Brasília-DF, onde foi a conexão de aproximadamente uma hora, deu tempo de fazer um lanchinho em uma hamburgueria famosa. Agora sem fome, embarquei enfim para o penúltimo trecho da viagem de ida, em direção a Ilhéus-BA. 

Cheguei por volta das 11:30am, e fiquei esperando o restante do pessoal chegar, foram cinco longas horas num calor infernal, mas, logo passou, pois lá estavam eles e a equipe estava montada para o último trecho da viagem, 90 minutos de Van até Itacaré, onde ficamos numa pousada sensacional, praticamente fechamos a pousada, alugando toda a parte térrea.

Após se acomodar, fomos jantar na cidade, que é muito acolhedora, assim como seus moradores que são super gente boa, e nos ofereceram uma refeição tipica, que todos conhecem, o verdadeiro, e muito picante, Acarajé da Bahia, uma delicia, sem igual, comi três sem medo de ter uma congestão.

Após o jantar e muita conversa boa, fomos cada um para seu respectivo aposento e claro começamos a montar as tralhas para o próximo dia, onde aconteceria o primeiro dos 6 dias seguidos de pescaria, ou seja, praticamente não dormimos, pois as 4 da manhã era para estar na praia esperando os piloteiros.

E lá fomos nós...

Cinco dias inteiros de pesca em alto mar, atrás do gigante olho-de-boi...

Fomos em dois barcos, um com o capitão Del, e o outro com o capitão Hélio...

Foram horas e mais horas de muito trabalho braçal, alguns escolheram jigar no molinete, outros nas carretilhas elétricas, mas todos se divertindo muito, mesmo com a falta de peixe, alguns até resolveram dar um mergulho, mesmo com alguns pontos alcançando mais de 300 metros de profundidade, cheio de tubarões e barracudas que adoram uma sola de pé exposta...

Dentre os dias de pesca, um foi para pescar robalos nos rios e pedras de Itacaré, 

Uns pinchos aqui...

Uns obstáculos ali ...

Um pouco de chuva também sempre tem...

Um belo cenário sempre nos aguarda...

Resumindo, os dias de pesca foram cheios de peixes na pargueira, e com muitos escapando, eu mesmo perdi 4 peixes bons, totalizando nenhuma captura para foto, apenas alguns atuns pequenos e muitos vermelhos, no geral, foram atuns e vermelhos a diversão dos dias, também foram pescadas umas cavalas, sororocas e pitangolas pequenas...

Mas...

Três olhões mostraram a cara, não os gigantes que queríamos, mas o suficiente para fazer a alegria de todos, esse deu 12 kg, mas o maior deu 18.

Essa pitangola gigantesca, foi o troféu da viagem, pega no atum vivo, rendeu uma bela briga pro nosso amigo Gustavo, famoso Fish Plus.

Após as pescarias, sempre havia os jantares...

Hmmmmmm... sashimi e temaki de atum fresco...

E nos últimos dias, foi ficando melhor, 

Olha isso, filé de vermelho e de Pitangola à Parmegiana..

Sashimi de atum + pitangola + Sororoca e ceviche de Cavala...

Complementando, temaki de cavala e atum....

Infelizmente, tudo que é bom dura pouco, 8 dias depois de embarcar para Bahia, lá estava eu, de volta a São Paulo, de volta para o dia-a-dia, mas... de volta para os preparativos, pois ano que vem tem mais, vamos atrás de mais diversão, Itacaré, até breve.